Agravamento da pandemia da Covid-19 faz Instituto Cândida Vargas manter suspensas visitas a mães e bebês em João Pessoa

 

Para quem enfrenta uma gravidez de risco a situação é ainda mais delicada com a solidão que o momento impõe, sem visitas de familiares que costumam dar o suporte nessa fase de desafio. (Foto: reprodução)

Com o agravamento da pandemia no Brasil, o Instituto Cândida Vargas intensificou as normas para restringir o acesso de pessoas ao local como forma de proteger os pacientes. Segundo informações obtidas pelo ClickPB, as visitas aos bebês e as gestantes estão suspensas desde o ano passado, sendo permitido o acesso a um acompanhante e apenas pai e mãe tem contato com os bebês que estão na UTI. 

Segundo a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Francisca Maria Luiz Kiguti, a prevenção e orientação dos pais com relação ao contato com familiares e amigos é uma das medidas adotadas na maternidade para resguardar ao máximo crianças e gestantes do risco do contágio com o coronavírus

Antes da pandemia, os acompanhantes das pacientes ficavam no local em turnos de 12 horas, agora os turnos são de 24 horas. O uso de máscara é obrigatório e para ter acesso a áreas consideradas mais críticas da maternidade, os acompanhantes passam por uma triagem. Além disso, todas as atividades em grupo no local foram suspensas.

A pequena Ágatha Gabriela chegou ao mundo no Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, no último dia 14. Mesmo sendo muito aguardada por toda família, até agora, apenas o pai e a mãe puderam ter contato com ela. A mãe de Ágatha, Alice de Araújo Monteiro,  conta que precisou conversar previamente com a família para que todos entendessem que, no momento, visitas não são bem-vindas nem na maternidade, nem quando estiverem em casa. “Foi difícil, mas agora todo mundo já está consciente de que, por causa da pandemia, é preciso esperar”, afirma. 

Antes de ir para casa, as puérperas recebem algumas orientações sobre higiene e a necessidade de evitar visitas. “Damos muitas orientações pós-alta. Geralmente toda a família e amigos querem ver o bebê, mas é preciso se resguardar. Os pais podem, por exemplo, enviar fotos para os parentes. Temos que nos adaptar”, orienta Kiguti.

Para quem enfrenta uma gravidez de risco a situação é ainda mais delicada. Com histórico de parto prematuro, aos sete meses de gestação e internada no Instituto Cândida Vargas desde o último dia 13, Luciana Ramos, conta que nesse momento o telefone celular tem sido um grande aliado para deixar amigos e familiares informados sobre seu estado de saúde e a chegada do bebê.

Ela, que mora em Mamanguape, se dirigiu ao ICV ao sentir fortes contrações. No setor onde ela está, não são permitidos acompanhantes. “Sei que quando voltar para casa será um pouco mais complicado evitar as visitas, mas já avisei a família que, por enquanto, vão ter que se contentar com as fotos de celular. O telefone tem facilitado muito as coisas nesse momento”, reforça

Click  Pb

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