Começa a valer quinto aumento do ano no preço do gás de cozinha
Sindicato afirma que revendedores estão reduzindo margem de lucro para não repassarem integralidade dos reajustes
O preço do gás de cozinha fica mais caro pela quinta vez em 2021, a partir desta segunda-feira (14). O botijão GLP de 13 kg fica 5,9 % mais caro, o equivalente a R$ 6. Somado aos quatro aumentos dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, o percentual atinge 27% de acréscimo a tabela.
Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás PB), em virtude dos constantes aumentos, o mercado vem apresentando um quadro de retração e os revendedores têm absorvido algumas frações dos aumentos que seriam repassados aos consumidores.
“Na tentativa de evitar quedas constantes nas vendas, a alternativa encontrada pelos comerciantes vem sendo a diminuição da margem de lucro”, disse o sindicato.
Comprando à vista, o consumidor paga em média R$ 90 pelo botijão, enquanto a prazo, o preço deve chegar a R$ 96, com variação de acordo com a livre concorrência de mercado.
O acréscimo de R$ 6 é resultado da soma do aumento aplicado pela Petrobras, dos reajustes repassados pelas distribuidoras por conta dos acréscimos relativos aos insumos e ainda a da incidência do imposto estadual calculado sobre o Preço Médio Preponderante Final (PMPF) referente ao acúmulo dos últimos dois meses.
“O mercado vem sendo obrigado a se adaptar a essa nova realidade. Assumimos o compromisso de dividir essa conta com o consumidor, diminuindo nossa margem comercial, disse o presidente do Sinregás-PB, Marcos Antônio Bezerra. “Esperamos que essa situação seja resolvida o mais rápido possível, pois essa instabilidade nos preços é prejudicial a todos”, completou.
O aumento será adotado por todas as revendedoras de gás de cozinha da Paraíba. Na Grande João Pessoa, o número de pontos de venda chega a 500 estabelecimentos comercias. Somente na Capital, são quase 300 postos de revenda autorizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
“O Sinregás PB orienta aos consumidores para que somente adquiram o gás de cozinha em revendas regulamentadas, pois elas atendem aos padrões exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor, e peçam sempre o cupom fiscal”, disse o sindicato.
Com Portal Correio
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