Cunha: Lava Jato criminalizou política, mas Moro está sendo desmascarado

 Em entrevista ao programa ‘Os Pingos Nos Is’, ex-presidente da Câmara dos Deputados falou sobre o combate à corrupção e a expectativa de cumprir novos mandatos

Cunha foi entrevistado pelo programa 'Os Pingos Nos Is'

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi entrevistado pelo programa “Os Pingos Nos Is” da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 14, e falou sobre o término da força-tarefa da Operação Lava Jato e as impressões dele sobre o destino das ações de combate à corrupção no Brasil. Para ele, a briga contra crimes do tipo não acabaram nem devem acabar, mas a operação comandada por Sergio Moro não foi positiva. “Na verdade, a Operação Lava Jato, em nome de um combate à corrupção, foi uma operação política, que visou exclusivamente a parte que se tocava no Paraná, o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa, para criminalizar a política. O que se buscou ali foi acabar com o campo político para ser ocupado com outras pessoas”, afirmou. Cunha alega que a ex-presidente Dilma Rousseff teria sido deposta da Presidência mesmo sem a operação no Brasil e que a prisão de Lula deveria ter sido feita dentro do “devido processo legal”.

“A prisão dele foi absurdamente injusta, o processo dele foi nulo. Não estou aqui defendendo, não vou defender nem atacar quem quer que seja. No meu caso também, foi uma prisão absurda, que efetivamente terá o mesmo reconhecimento da incompetência do juízo para ter me processado, como também da sua suspeição”, afirmou. O ex-deputado disse que Moro retirou acusações de crimes eleitorais contra ele após perder o mandato para que o caso não fosse passado para outro magistrado. Contra isso, Cunha registrou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF). “Tenho certeza absoluta que a minha condenação vai ser anulada e, consequentemente, será mais um ato do ex-juiz Sergio Moro que ficará claro para a sociedade. O país mudou, mas mudou porque viveu momentos travestidos dessa operação que causaram muitos males ao país”, opinou. Para ele, a política e a economia sofreram consequências das eleições de 2018 e o combate à corrupção deve ser feito dentro da lei.

Com Jovem Pan

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