Presidente da APAPREV diz que INSS tem milhões de processos parados e precisa de investimento e destaca que atraso "não é culpa da advocacia"

O advogado Allyson Fortuna disse que "existe uma demanda muito alta, a sociedade está reclamando, com razão, da demora. Inclusive, cobrando da advocacia".

Segundo a APAPREV, a associação "está sempre em diálogo com o INSS e judiciário para tentar amenizar esse sofrimento daqueles que tanto precisam do benefício e não vamos parar." (Foto: Divulgação)

 O presidente da Associação dos Advogados Previdenciaristas (APAPREV), advogado Allyson Fortuna, disse que o INSS tem mais de dois milhões de processos parados e que o Instituto Nacional de Seguridade Social precisa de investimento. Ele também destacou, em entrevista ao ClickPB, que esse atraso "não é culpa da advocacia", embora muitos culpem os advogados pela demora do INSS.

Nas redes sociais, a APAPREV lembre que "a sociedade e os segurados que requereram seu benefício junto ao INSS é importante saber que o INSS hoje tem mais de 2 milhões de processos parados. Isso NÃO É CULPA da advocacia. Por causa da pandemia, o INSS e STF fizeram um acordo para ampliar o prazo de análise de requerimento com o máximo de 90 dias, que antes era 45 dias. Recentemente, a Ministra do STF Rosa Weber NOTIFICOU o INSS para prestar esclarecimentos sobre a demora, mas o órgão não se manifestou. Diante disso, a ministra ainda irá analisar os próximos passos."

Ainda segundo a APAPREV, a associação "está sempre em diálogo com o INSS e judiciário para tentar amenizar esse sofrimento daqueles que tanto precisam do benefício e não vamos parar."

O advogado Allyson Fortuna pontuou ao ClickPB que "existe uma demanda muito alta, a sociedade está reclamando, com razão, da demora. Inclusive, cobrando da advocacia, dizendo que o advogado não faz nada e é responsável pela demora. Mas a demora é que falta de concurso público, servidores, e os peritos estão em greve, falta investimento no INSS."

O presidente da APAPREV lembra que "são muitos benefícios requeridos, fica uma demanda alta e, com a greve dos servidores, aumenta mais ainda a demanda."

O advogado enfatiza que essa demora na concessão dos benefícios do INSS afeta as pessoas e deixa "a sociedade passando fome". Ele lembrou também das pessoas autistas, que têm direito ao benefício chamado BPC (Benefício de Prestação Continuada), o qual pode auxiliar nos custos de tratamentos.

"Quem procura o INSS é porque está precisando, não é porque quer. Quando alguém fica de atestado por 15 dias, a responsabilidade é da empresa. Quando esse prazo é maior, a responsabilidade é do INSS. Agora imagine ficar meses esperando uma resposta? A gente faz nosso papel de cobrar."


Por Click PB

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