Juíza rejeita pedido de arquivamento e determina continuidade de investigação sobre Gusttavo Lima e empresa paraibana

Foto: Reprodução/Instagram Gusttavo Lima
A juíza Andréa Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decidiu nessa quarta-feira (04) rejeitar o pedido de arquivamento da investigação que apura um possível esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o cantor Gusttavo Lima e a empresa paraibana Vai de Bet. A magistrada manteve a continuidade do processo e determinou que o inquérito seja encaminhado para o procurador-geral de Justiça de Pernambuco.

O cantor foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco em setembro após envolver-se na negociação de uma aeronave com a empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos, Esportes da Sorte, e depois vendê-la para o dono da Vai de Bet. Embora o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tenha protocolado um pedido de arquivamento parcial, alegando que Gusttavo Lima não teria ocultado valores durante a transação, a juíza discordou.

Em sua decisão, a juíza destacou a relação do cantor com os donos da Vai de Bet, que é conhecida por sua ligação com casas de apostas ilegais, o que, segundo ela, agrava a situação de Lima. Ela apontou que a compra de 25% da empresa pelo cantor é um indicativo claro de envolvimento em práticas ilícitas e que os elementos presentes no caso sugerem fortemente a continuidade da lavagem de dinheiro. A magistrada também observou as coincidências nas datas e os valores envolvidos, argumentando que a apuração deve seguir em frente para esclarecer todas as circunstâncias.

“As movimentações financeiras, os contratos de compra e venda, as transferências internacionais e as participações societárias, entre outros elementos, sugerem a existência de uma rede de operações que merece atenção cuidadosa. A falta de um exame mais detalhado e minucioso em relação a essas evidências pode resultar em uma lacuna importante na investigação, o que, por sua vez, pode permitir que práticas ilícitas de significativa gravidade não sejam plenamente abordadas pela Justiça”, disse.

Com a decisão, as investigações sobre o caso devem continuar, dando seguimento a uma apuração que ainda envolve muitos questionamentos sobre as transações financeiras do cantor e a atuação da empresa.

Redação/PB Agora

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