OPINIÃO | Paulo Sérgio: Golpe não! Lucinha só pode ser ‘cancelada’ pela justiça ou pelo povo

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A recente movimentação política em Marí tem gerado grande preocupação entre os cidadãos. Fala-se abertamente sobre a possibilidade de cassação da prefeita Lucinha da Saúde, mas será que isso é realmente justo ou passa de uma manobra política? O povo precisa ficar atento ao que está acontecendo nos bastidores do poder.

Todos sabem que eu não votei em Lucinha da Saúde para prefeita, mas concordar com o absurdo de cassa-la com dois meses de governo e com um julgamento meramente político é flertar com o desrespeito a democracia.

Desde que assumiu a Prefeitura de Marí, Lucinha tem enfrentado oposição ferrenha.  A história política do município mostra que, mesmo em momentos de graves crises administrativas, prefeitos anteriores nunca foram alvos de medidas tão radicais.

Para entendermos a gravidade da situação, basta recordar que no passado, o ex-prefeito Manoel Monteiro chegou a atrasar um ano de salários e não houve tentativa de cassação; a ex-prefeita Vera também enfrentou seis meses de atrasos salariais e, ainda assim, manteve-se no cargo, Antonio Gomes, em 2012, deixou os servidores sem o pagamento de dezembro e teve suas contas de 2021 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), sem que houvesse qualquer iniciativa para removê-lo do cargo.

Justiça ou Tapetão?

Se houver ilegalidades cometidas pela prefeita, é papel da Justiça tomar as medidas cabíveis. Vale lembrar que há duas Ações de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) em andamento contra Lucinha. Caso ela tenha cometido irregularidades, a decisão sobre seu futuro deve partir do Judiciário ou do próprio povo nas urnas em 2028, e não de articulações políticas suspeitas.

Nos corredores da política local, há indícios de que essa tentativa de cassação pode estar sendo articulada ou financiada pelo ex-prefeito Antonio Gomes, em conjunto com vereadores do chamado “G6”. Se isso for confirmado, não seria apenas uma manobra política, mas um verdadeiro atentado à vontade popular.

Golpe Não! O povo de Marí não aceitará

A democracia precisa ser respeitada. Qualquer tentativa de retirada da prefeita que não passe pelos trâmites legais será encarada como um golpe contra a vontade da população. Se Lucinha da Saúde não corresponder às expectativas da sociedade, que seja retirada do cargo por meio das urnas e não por meio de estratégias obscuras.

O momento exige que a população fique vigilante e acompanhe de perto os desdobramentos dessa história. A democracia não pode ser atropelada por interesses individuais ou de grupos políticos. Golpe não! O futuro de Marí está nas mãos do povo.

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Redação/Por Paulo Sérgio – Editor Geral do ExpressoPB 
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