ANÁLISE | O jogo ainda não virou, apesar dos avanços de Lucinha em Marí

Foto Reprodução 

 Alguém já ouviu falar da “festa dos tolos”? Um rito medieval francês onde os papeis sociais se invertiam, os de baixo zombavam dos de cima, mas tudo terminava no mesmo lugar. A política de Marí parece ter mergulhado nesse jogo cênico: vereadores de um lado, prefeita do outro, sem que ninguém consiga virar o jogo de vez.

A cena mais recente dessa encenação foi a aprovação do PROEJA e do Programa de Promoção de Estágios, popularmente chamado de Bolsa Universitária, na sessão desta quarta-feira (14). Foi uma vitória pontual para Lucinha, mas longe de ser um xeque-mate.

A tensão foi tanta que a sessão começou com mais de uma hora de atraso. No plenário, rostos cerrados, expressões amargas e acordos costurados no fio da navalha. Mas como o projeto tinha forte apelo popular, ninguém quis pagar para ver o desgaste político em praça pública. Cada lado cedeu um pouco, consciente de que, pelo menos nesse palco, era melhor sair com um empate do que com uma derrota, para lá ou para cá.

O governo fez pressão pública na mídia, buscou pressionar pelas vias institucionais, mas foi nos bastidores que a ‘parada’ foi resolvida, após muita articulação.

Concluída a votação, projetos aprovados, galinha de capoeira para celebrar “um dia de libertação”, mesmo que todos os parlamentares não se fizeram presente e dos que estavam, alguns ainda caminham em corda bamba, a depender do clima e do tempo.

Lucinha, claro, correu para o abraço – de quem quis abraçá-la. A vitória foi dela, mas em um cenário onde o chão é escorregadio, basta um tropeço para que a festa dos tolos saia de seu controle, e aí, quem ri por último é sempre imprevisível.

Redação/ExpressoPB

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