STF deve concluir julgamento que confirma parcialidade de Moro
Marco Aurélio devolveu processo uma semana após pedido de vista. Assunto deve entrar na pauta de terça ou quarta-feira
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir nesta semana o julgamento que vai confirmar a decisão sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no processo do tríplex do Guarujá, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a uma pena de 9 anos e seis meses. A informação é do R7.
O julgamento será retomado após o ministro Marco Aurélio Mello liberar o processo. O decano havia solicitado análise por meio de um pedido de vista durante sessão no dia 22, após o plenário formar maioria (7×2) a favor de um recurso da defesa do ex-presidente Lula contra a decisão do ministro Edson Fachin de declarar a extinção da ação sobre a suspeição de Moro. A defesa alega que o ex-juiz agiu de forma parcial para condenar Lula.
A decisão sobre a extinção do pedido havia sido tomada em março, quando Fachin anulou também quatro ações e condenações do ex-presidente na 13ª Vara Federal de Curitiba apontando que não havia relação entre esses casos e os desvios da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato, no Paraná. Os processos serão direcionados à Justiça Federal do Distrito Federal.
Ao derrubar a decisão sobre a extinção do pedido de suspeição, o STF entende válido o julgamento da Segunda Turma, ocorrido também em março, e que apontou a parcialidade de Moro por 3×2.
Na ação do triplex, Lula acabou enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e foi afastado da corrida ao Palácio do Planalto em 2018, permanecendo preso por 580 dias. Após a anulação das decisões por Fachin, ele voltou a ser considerado elegível.
A defesa do petista pediu a extensão da decisão sobre a parcialidade de Moro para as ações do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, o que pode ajudar a evitar eventuais novas condenações no curto prazo.
Isso porque, decretada a suspeição de Moro, ficam suspensas também provas produzidas pela Lava Jato em Curitiba, como depoimentos, e os processos precisam recomeçar do zero.
Por Portal Correio/ R7
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