Pesquisa aponta que Paraíba é o 3º estado do NE em espécies de libélulas
Levantamento pioneiro da UFPB identificou 49 espécies e 29 gêneros do inseto no estado
Os pesquisadores Ricardo Koroiva e Alessandre Colavite, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estiveram à frente de um mapeamento que identificou a existência de 49 espécies e 29 gêneros de libélulas na Paraíba. O estado passou, assim, a ocupar o terceiro lugar do Nordeste em número de espécies, atrás do Ceará (73) e da Bahia (54), em um ranking nacional liderado pelo Amazonas (335).
O resultado do estudo sobre a ocorrência desses insetos pertencentes à ordem Odonata foi publicado, na última semana, no periódico Biota Neotropica, por meio do artigo Checklist and contribution to the knowledge of the odonatofauna of Paraíba state, Brazil (Checklist e contribuição para o conhecimento da odonatofauna do Estado da Paraíba, Brasil).
O mapeamento, de autoria dos dois pesquisadores do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB, foi realizado em parceria com a pesquisadora Fabiane Batista, do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em Campina Grande, e com o estudioso Diogo Vilela.
As coletas foram realizadas entre 2020 e 2021, em oito cidades da Paraíba – Araruna, Boa Vista, Cabaceiras, Campina Grande, Lucena, Santa Rita, Tacima e Caiçara. De acordo com o Prof. Ricardo Koroiva, docente do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB, o levantamento das 49 espécies, número que representa aproximadamente 6% das espécies do inseto conhecidas no Brasil, reflete apenas a ocorrência em parte do estado, o que deve resultar em um mapeamento subestimado.
“O estudo foi realizado principalmente na região litorânea do estado e novas coletas no interior têm demonstrado que há muito mais espécies a serem adicionadas nesta lista, que reflete muito mais a falta de coletas na região do que a real diversidade de espécies”, explicou Ricardo Koroiva.
Além da lista de espécies presentes no estado, são apresentados no estudo detalhes morfológicos de duas delas, o que auxilia na identificação destas espécies. Ainda segundo o autor, a pesquisa sobre a ocorrência de libélulas no Nordeste do Brasil vem crescendo nos últimos 10 anos, contribuindo para se ampliar o conhecimento sobre a diversidade de espécies de libélulas não somente nesta região, mas em toda a área neotropical.
Ricardo Koroiva também fez parte de um grupo de pesquisadores que publicou, em outubro do ano passado, outro estudo pioneiro, que consistiu na criação de uma biblioteca com sequenciamento de DNA de 108 anuros (sapos, rãs e pererecas) da região central da América do Sul. O artigo com o resultado da pesquisa foi publicado na revista científica PeerJ.
Portal Correio
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